Olá diviners!
A edição dessa semana vem essencialmente falando de mudanças. As diversas formas que nos acometem quando envelhecemos. Mudanças físicas, mudanças emocionais, mudanças de como a gente vê as coisas e como se vê.
Esse tema que rodeia muitas vezes nosso grupo de diviners e que achamos que seria muito bom dividir com vocês. Junto com a gente tem a nossa convidada do mês: Carla Damasceno, que embarcou no nosso avião e nos presenteou com seu texto sobre 50+.
Pegue o seu ácido hialurônico e passe seu protetor solar para ler. Depois queremos saber o que vocês acham sobre o terceiro ato da vida ou da melhor idade.
De repente, menô.
Por Carla Damasceno - Tem 50 anos, é comunicóloga e especialista em ensino das relações étnico-raciais.
Avião pronto para partir. Aquele momento em que está tudo sob controle. Check de portas. Todos aos seus assentos. Retorne o seu assento na posição vertical, mesinha travada, modo avião e...vrum vrum vuuuuuush. Nenhum ruído. Desligaram o motor? Afinal, por que as luzes desligaram de repente? Por que esse calor infernal?
Não somente uma analogia, esse momento aconteceu comigo uns 6 anos antes dos calores começarem, lá por volta dos 38...parecia um aviso. Naquele momento, mulher independente, viajandona (mesmo que mais a trabalho do que a lazer ou estudo), solteira há mais tempo do que gostaria, alguns sonhos ainda por realizar, pelo menos a outra metade da vida para se aventurar. No mínimo mais 50, ué...
Fui mãe aos 43. Gravidez linda e maravilhosa, climatério nem tanto, óbvio, e o meu melhor sonho transformado em realidade na carinha de um lindo menino. Corta de 2017 para 2019. Filho ainda com 3 anos, casada há 5 anos, e a menstruação começa a ficar intermitente. Em 2021, eu já com 47 anos, depois de pegar Covid duas vezes, percebi que não menstruava há um ano. Poxa, a menarca foi com 10 anos, se são 41 anos menstruando, como é que pode eu já com 47 no pós-menopausa? Mas viver não é para amadoras, bora enfrentar o que vem por aí...
E o que viria por aí? Apesar de ter conversado bastante com minha mãe quando ela entrou no climatério, eu não esperava que para mim viesse tão cedo. E não é a questão de ser cedo, a gente não está preparada para, em semanas, se transformar em um vulcão, que te consome por dentro de meia em meia hora, ter tonturas que te desnorteiam do mundo e um mau humor que faz você querer ter um controle remoto para fazer desaparecer da sua frente as pessoas que você mais ama. O início da menopausa pode ser diferente para cada mulher. Para mim foi uma mistura de querer se isolar na montanha com querer colo 24 horas por dia. Intenso.
Conversar com amigas, com parentes próximas, terapeutas e médicas - com bastante afinidade, claro – faz toda a diferença. Jogar a boia pedindo ajuda foi um jeito de retomar a energia mental para eu enfrentar as ondas avassaladoras da menopausa. Com reposição hormonal ou sem? E a libido, como faz para resgatá-la das profundezas do vazio sem luz? Preciso de mais exercícios, mas como encaixar na rotina de trabalho-filho-marido-lazer-dormir-bem?
Questões essenciais, pois existe muito pouca associação do climatério como nova etapa de vida, e muita associação com envelhecimento e vida que vai se esvaindo.
Aos 50 anos eu posso dizer que os sintomas melhoraram bastante, e caiu a ficha, finalmente, de que meu corpo não precisa ficar sarado para usar biquíni de lacinho no verão. Preciso de músculo para o músculo do peito continuar batendo pelo que interessa: a curtição de ser criança junto com meu filho, um biricutico que rega muitas risadas com amigos, um showzinho seguido de sexo de qualidade com meu amor, e a realização de buscar o que vai me fazer feliz enquanto a máquina funcionar. Por mais 50 anos, pelo menos.
Eu já escuto teus sinais
Eu já escuto teus sinais, em todas as articulações estalando. Eu vejo teus sinais, o espelho não mente, a pele derrete, descola, resseca. As referências culturais que eu tinha estão envelhecidas (ou mortas), novas novidades chegam e eu já não faço parte do grupo que as conhece em primeira mão. A idade avança e isso tudo acontece, não tem jeito, se o que a gente quer é seguir viva.
Eu tô beirando os 40 (vocês sabem que foi meu aniversário há menos de 1 mês né, ainda tô recebendo parabéns!) e, diferente da ansiedade que eu sentia com o chegar dos 30, dessa vez me vejo bem mais tranquila. Talvez seja a calma que vem com uma certa sabedoria por já ter vivido bastante coisa, talvez seja porque os exemplos de mulheres mais vividas que eu tenho sejam muito, muito bons.
Tenho percebido que as mulheres que eu mais admiro pela parte física atualmente são as 40+. São uma geração que cresceu sem fumar, na sua maioria, com um relativo bom uso de protetor solar, com certo acesso a bons cosméticos, num mundo em que a alimentação vem sendo tratada com o poder de prevenção. Vejo imagens de “millenials geriátricos” que parecem mais jovens que os GenZs. Vejo mulheres ao meu redor que superaram fases pesadas emocionalmente, passaram por gestações, foram reviradas pelo avesso por essas experiências e seguem por aqui botando o corpinho pra trabalhar, cuidando muito bem da máquina que vai levá-las pro Terceiro Ato da vida.
Escutei pela primeira vez esse papo de Terceiro Ato no podcast “Wiser Than Me”, através da entrevista da Jane Fonda. Essa ideia de que o clímax da vida pode chegar depois das atribulações e conflitos do segundo ato é muito interessante. Sim, sabemos que a energia física pode não ser a mesma, a velocidade do pensamento pode já ser outra, mas tem algo que vem me deixando muito em paz com essa fase, uma sensação de que a paz interna, que eu tanto busco, finalmente vai chegar.
Tu vens, tempo. E eu tô por aqui te aguardando.
Tempo Rei
Perda.
Esse sempre foi o sentimento ao pensar em envelhecer.
Perdemos colágeno.
Perdemos mobilidade.
Perdemos resistência.
Perdemos força.
Perdemos tônus muscular.
Perdemos a visão romântica da vida.
Esse era o sentimento até entender que não perdemos, e sim transformamos.
Assim como Gil em “Tempo Rei” pede para transformar as velhas formas do viver, é assim exatamente que acontece na nossa vida: ela se transforma.
O corpo não perde esse monte de coisas como agilidade ou mobilidade ou força, tudo isso se transforma em um GPS de autoconhecimento que, assim como eu disse no meu texto da (Divinas Tretas #18), depois dos 40, ao invés de lutar contra ele, eu passei a enfrenta-lo como aliado de luta.
A gente ganha muita coisa, isso sim.
Ganha sabedoria nas escolhas.
Ganha discernimento nas batalhas.
Ganha autoconhecimento.
Ganha coragem.
Ganha perspicácia.
Tal como uma lagarta, a gente se transforma pelo tempo rei e aprende a voar para diversos horizontes.
Começa a ter coragem de bater asas em locais antes não visitados.
Começa a se sentir linda e colorida.
Nem tudo são flores, nem todas as flores são cheirosas, mas o “tempo e espaço vão navegando em todos os sentidos”, e quando a gente passa a enxergar o quanto todos os sentidos mudam, a gente muda também.
Daí o envelhecer passa a ser mais que perder, passa a ser crescer. E é quando a gente sai do casulo e bate asas que é preciso saber para onde queremos voar....mas aí já é papo de outro texto! 😉
Tá na cara
Depois que minha filha nasceu, eu passei um bom tempo me sentindo perdida, e quando parei de me sentir assim, veio o sentimento abrupto de "estou envelhecendo, agora ferrou". Entendi que era o fim de uma era. A era do colágeno. Essa proteína estrutural que a gente passa uma vida sem nem notar que existe, mas, quando ela começa a faltar no corpo, é o começo de uma saudade infinita. Quem nunca falou: "Ai, que saudade do colágeno" que atire a primeira pedra. Não tem volta; quando o processo começa, ele não dá ré. A gente até tenta (e muito) retardar o efeito do passar dos anos no nosso corpo, mas ele chega, para todo mundo.
Para nós brasileiras, ele vem um pouco mais pesado. Outras culturas já estão, de alguma forma, um tanto mais bem resolvidas com isso. Aqui no Brasil, envelhecer é o prelúdio do sofrimento e, pra evitar isso, viramos a república do botox. Tanto que é difícil encontrar uma mulher com mais de quarenta que não tenha ouvido do seu dermato ou de algum conhecido: "E aí, vai colocar botox?"
Escuto essa "recomendação" da minha dermato desde os 37 anos: "Vamos colocar um pouquinho de botox aqui e ali?". Eu adoraria saber como é a consulta em dermatologistas ao redor do mundo e o quanto ela pode revelar da cultura de um lugar. Duvido que todos passariam o mesmo tratamento e as mesmas indicações.
Mas essa cultura não fica só no rosto; ela vai para o corpo inteiro, para tudo que reflete a nossa idade, e aqui ainda conseguimos a façanha de trazer os homens para a briga com o tempo. Já viu a quantidade de caras fazendo implante de cabelo pra disfarçar a careca? (risos)
São tantos os aspectos do envelhecimento que a estética tenta combater que me sinto no meio de uma guerra com um inimigo invencível. E ele é invencível mesmo, mas será que precisa ser tão inimigo assim? Será que a gente precisa mesmo de tantos tratamentos?
Do meu lado, dentro do meu contexto, penso em seguir me cuidando. Fortalecer a mente, o bolso e os músculos. Esse é o meu tripé da prosperidade. Não sou nenhum exemplo de sucesso absoluto em nenhuma dessas áreas; não sou malhada e nem forte, não tenho saúde mental boa e não sou independente financeiramente. Devia ter resolvido isso antes dos 40? Devia. Não deu, mas não é motivo para desistir. Se tem uma coisa que os anos me trouxeram foi a certeza de que a vida não acaba aos 40, nem aos 50 ou 60. Ela acaba quando a gente para de respirar.
Então, eu lavo o rosto com um ácido qualquer, passo um protetor solar modernoso, faço o fatídico skincare (na base do ódio). Visto meu corpo e vou à luta. Em busca do meu tripé até a minha hora chegar.
Melhor Idade
Outro dia viralizou um vídeo da Paula Burlamaqui no programa da Gabriela Prioli falando que está sofrendo por envelhecer. “Envelhecer é uma merda”, afirmou a atriz. Obviamente, tratando-se da internet brasileira em 2024, logo as pessoas se puseram a se dividir no FlaxFlu da vez, em que de um lado estavam pessoas que concordam com ela achando que envelhecer é terrível, do outro, pessoas que acham que envelhecer pode ser um processo lindo. Eu me vi achando muitas coisas e sem me encaixar direito em nenhum dos dois times.
Envelhecer é um tema que curiosamente eu, do alto dos meus 36 aninhos, tenho pensado sem parar. Já escrevi sobre isso diretamente aqui na minha outra newsletter falando da peça da Fernanda Montenegro lendo Simone de Beauvoir, também uma outra vez sobre estar eu mesma virando alguém de meia-idade, aqui na DT tangenciei esse tópico ao falar de exercícios físicos, já dei dica sobre isso aqui, e outras vezes que minha memória - e a ferramenta de busca do substack - não foi capaz de mapear.
Talvez eu esteja pensando, lendo e ouvindo tanto sobre o tema justamente porque cresci com uma ideia de que envelhecer era algo terrível.
Durante a minha infância, em Aracaju, os idosos não faziam lá muita coisa além de frequentar assiduamente a igreja, festas de família, procissões de santo e uma coisa extra qualquer cá e lá.
Meus avós paternos eram até bem animados pro padrão, visto que gostavam de viajar e frequentemente estavam em alguma excursão, junto a um grupo de outros idosos, indo para algum hotel em alguma praia pela região e até para o exterior. Mas não é como se fossem ativos profissionalmente, ou tivessem metas pessoais a serem cumpridas, ou mesmo grupos de amigos para sair para outros tipos de programas similares aos que os adultos faziam. E, olhando em retrospecto, o que mais me impressiona nisso tudo é que esses tais idosos não eram lá tão idosos assim. Meus avós já eram tidos como “velhos” e agiam de acordo com o esperado para a dita “terceira idade” com, o que, uns 60 anos? Assustador.
De lá pra cá, houve uma mudança de mentalidade (ou tentativa de) para que a idade avançada parasse de ser vista como um estigma. Mas até isso era feito de uma forma meio fuéééé.
Deram logo pra chamar a velhice de “melhor idade” - e garanto que ninguém achava aquilo de verdade. Era meio que uma forma lúdica e infantilizada de falar com essas pessoas cheias de experiências, histórias de vida e que agora estavam fadados a serem vistos como velhinhos tão fofinhos quanto as crianças da família.
De fato, alguns aspectos do envelhecimento fazem o sujeito se aproximar do começo da vida: a perda da autonomia física, a necessidade de cuidados e de estar sempre na presença de algum tutor adulto, a falta de lucidez. Mas existe muito mais sobre o envelhecer do que esse patamar final de incapacidade e senilidade dos super idosos. E, com o aumento da longevidade, uma pessoa de 60 anos hoje em dia está longe de estar nesse patamar. Nossa vida adulta sem dúvidas andou ganhando algumas décadas a mais, principalmente para quem se cuida na juventude e mantém alguns hábitos saudáveis.
E talvez por tudo isso que eu tive sentimentos mistos pela fala da Paula Burlamaqui. Gostei da franqueza com que ela dividiu suas angústias e admirei a desromantização com que ela tratou os efeitos adversos da passagem dos anos.
Mas também achei que aquele discurso todo de envelhecer é uma merda acaba perpetuando a ideia de que deixar o ápice da fase adulta é desaparecer para a sociedade.
E ela me pareceu estar longe daquele tal patamar dos super idosos. Inclusive achei a Paula muito mais bonita agora do que quando era mais nova - não que isso devesse ser relevante, mas ela citou com algum pesar que algumas pessoas AINDA a consideravam bonita. Fui pesquisar e vi que ela tem apenas 57 anos. Atualmente essa idade tem muito potencial de vida, ou pelo menos quero acreditar que sim. Então para mim, mulher já em idade adulta mas não mais uma mocinha juvenil, tenho preferido ouvir relatos sobre um envelhecer com possibilidades, esperanças, vontades. Relatos desromantizados, claro, que não quero ser enganada e comprar o conto da melhor idade. Mas quero sim que minha velhice e todos os seus sinais no meu corpo não sejam somente um fardo.
Quero poder acreditar e, principalmente, almejar esse futuro de possibilidades, sem sofrer a cada ruga ou cabelo branco. Quero poder me sentir bonita e saber que ainda tenho muito mais vida para viver. Talvez não a melhor idade, mas uma idade gostosa e digna de ser bem vivida.
Dicas do Peito!
🐣 Com elas (as crias)
Memórias
Da Ju
Um livro encantador sobre a busca de um menino para descobrir o que significam as memórias pra cada um de um grupo de velhinhos, seus vizinhos. Não tem como não se emocionar.
Zélia
Da Dani
Livro sobre envelhecer, escutar, esperar e viver, Zélia é um livro lindo que conta a história sobre Zélia, Júlio e o tempo. Pra quem tem crias e quer falar sobre esse tema eu super indico!
💃 Sem elas (as crias)
Para ler, seguir e ouvir
Da Carla
Para Ler:
Menopausa: o momento de fazer escolhas certas para o resto da sua vida
Marisa Tavares - Editora Contexto
A Marisa manda um papo reto de todos os sintomas que podem surgir. Como muita pesquisa em estudos estrangeiros, traça um panorama atual de avanços da medicina e alerta para os cuidados com reposição hormonal artificial.
Mulheres não nascem prontas, elas se reinventam – 40+
Monica Donetto Guedes - INM Editora
Não li, mas recomendo muitíssimo essa coletânea com o artigo da nutricionista Maria Angélica Fiut, com quem me trato com fito-hormônios desde 2021. A natureza tem recursos para te ajudar, vamos buscar quem os conhece, né?
Para seguir:@naomiwatts – atriz anglo-australiana começou falando da menô, mas acabou lançando produtos para as mulheres, e usa sua imagem para falar de maneira divertida sobre o poder da lubrificação com os produtos certos. Afinal a secura vaginal chega sim, minha gente!
@peripeciasmenopausicas – porque senso de humor é remédio para a vida!
Para ouvir:Tantos Tempos Podcast – podcast de entrevista com duplas de pessoas de acima de 50 anos sobre envelhecimento. Bom demais!
Pra abrir a cabeça
Da Ju
O já mais-que-indicado-na-newsletter podcast “Wiser than me”, em que a sexagenária atriz Julia Louis-Dreyfus recebe mulheres “muito mais sábias” que ela (em suas próprias palavras no início de cada episódio). São mulheres de 70/80/90 anos que fizeram história em seus campos de atuação e falam das dores e delícias desse 3º ato da vida, como Jane Fonda, Isabel Allende, Patti Smith (chorei à beça com esse), Diane Von Furstenberg, etc etc etc. A minha parte favorita é quando a Julia liga pra sua própria mãe, depois de cada entrevista e conta pra ela o que mais a empolgou em cada encontro. Eu amo o papo delas tanto quanto as entrevistas.
Esse episódio do “Boa Noite Internet”, em que Cris Dias entrevista a Gisela Castro, Psicóloga e Doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ, que pesquisa sobre envelhecimento, longevidade e intergeracionalidade no contemporâneo. Eles conversam sobre como as relações das/com pessoas mais velhas têm acontecido no mercado de trabalho, como a velhice é vista pela propaganda e pelo mercado de consumo também.
Eu gosto de seguir pessoas com vidas muito diferentes da minha no instagram e tem algumas mulheres mais velhas que eu curto muito acompanhar o dia a dia, as danças, as sensulizadas que elas dão:
Vó Bia do Pole DanceRetiro dos Artistas
Da Dani
Por falar em envelhecer, vocês conhecem o Retiro dos Artistas? O Retiro dos Artistas é uma instituição que atende profissionais da área artística em situação de vulnerabilidade, oferecendo moradia, saúde, cultura e lazer. Fundada em 1918, tem 100 anos de história e conta com 50 casas, teatro, cinema, biblioteca e piscina.
Para conhecer mais: https://retirodosartistas.org.br/
Peça Fernanda Montenegro lê Simone de Beauvoir
Da Marcela
A minha dica dessa edição é um tanto maluca, afinal é uma peça que não está em cartaz no Rio atualmente, então ela é uma dica com teor de recomendação - porque ela deve voltar a cartaz em breve. Ver a Fernanda Montenegro com 94 anos no palco lendo um texto que Beauvoir escreveu já idosa foi uma experiência impressionante. Quando começou, tive algum receio de ser chato, porque quase não tem cenário e ficou claro que a peça seria com a atriz sentada numa mesa lendo folhas do texto. Mas a Fernanda não chegou aos 80 anos de carreira sendo tiktoker, né, e a mulher bota pra lá na interpretação. E mesmo com o apoio do texto impresso, dá para perceber que ela sabe tudinho de cor. E que vigor, minhas amigas. Que presença de palco a mulher tem. Que potência ser assim aos quase 100 anos de existência nesse mundo. Um refresco de ver para qualquer um que almeja ter uma velhice fértil e ativa. Quando você escutar por aí murmurinhos de que a peça vai voltar a cartaz, CORRE ATRÁS de ser a primeira no Sympla para garantir os seus ingressos.
Música
Da Catarina
Procure versões de músicas que você adora no YouTube com cantores que você curte. Pra mim sempre funciona quando estou me sentindo triste e preciso de alguma coisa que me ajude a sair do poço da tristeza.
Aqui uma versão de "What's Up" com a Lady Gaga porque se você tá lendo essa news com esse tema, você conhece essa música.
E em seguida uma versão de "Killing Me Softly" com essas duas deusas, Cynthia Erivo e Joaquina Kalukango, que mandam bem demais. Também uma música que tem tudo a ver com o tema dessa edição.
🎶 Já conhece as nossas playlist no spotify?
→ Para ouvir sem as crias
→ Para ouvir com as crias
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