Divinas Tretas #45
Newsletter carioca sobre maternidade, mulheres e muito mais. Com dicas do peito para fazer com as crias e sem elas
Oie! Tá boua?
Nessa edição, ao contrário de outras que houve um alinhamento dos assuntos, falamos de aleatoriedades beeeem aleatórias.
Nossos textos passeiam por assuntos profundos, como gatilhos familiares e o que a gente pode fazer com eles, ou uma análise pessoal da performance de feminilidade, e chegam a assuntos mais leves como preguiça de sair e nomes que ficaram no passado e outros que são reciclados ha gerações. E no meio disso tudo também tem um importante questionamento sobre religião e religiosidade que sentimos que precisamos da sua contribuição. Não deixa de comentar, faz favor!
Parece um pouco com o cérebro de qualquer uma de nós: 17 abas abertas ao mesmo tempo, sendo que uma delas tá tocando música e a gente nao sabe direito qual é. 🙃
Falando em música, nossas playlists no final da news sao uma delicinha. Dá o play na sua favorita, pega o café e vem ler aqui, juntinhas.
Beijo!
Dentro de mim, existem dois lobos
Duas forças me habitam a cada final de semana: o FoMO e a preguiça. E estar nas redes sociais durante os sábados e domingos alimenta o primeiro, ainda que o segundo tenha tomado a frente dos programas que eu decido ou não fazer.
“F.o.M.O (Fear of Missing Out) pode ser definido como o medo de não conseguir acompanhar as atualizações e eventos, compelindo a pessoa a manter-se conectada às redes sociais.”
Tem algumas amigas queridas que me despertam mais esse sentimento. São pessoas com quem eu queria estar mais, mas por algum motivo ou outro não estou. O motivo desse fim de semana é meu positivo pra COVID, mas já foi a bagunça dos trajetos no carnaval, já foi a difícil mobilidade urbana, já foi a grande distância do meu subúrbio pra área onde essas pessoas frequentam, já foi algum aniversário de amiguinho da escola, já foi minha preguiça de lidar com a recusa do meu filho de ir a qualquer lugar que seja fora da Ilha sem reclamar daqui até lá, enfim.
Acho que você pegou o espírito da coisa: sempre vai ter um motivo pra essa preguiça. Alguns mais fortes e legítimos, outros com mais cara de “desculpinha” mesmo.
Eu queria ser a pessoa que tem disposição de enfrentar o calor dessa cidade, de pegar a criança e ir pra praia, emendar num barzinho final de tarde, um parquinho, um show, uma praça e só voltar no final do dia. Mas só de pensar em tentar explicar, convencer e empolgar quem mora comigo de que essa é uma ótima ideia, já me sinto vencida. Talvez se eu tivesse casado com e parido pessoas mais animadas, menos verbais com seus desconfortos, talvez vocês me encontrariam nesses rolés cariocas.
Mas ainda assim, mesmo sabendo de tudo que me impede (de verdade e imaginariamente) de topar esses rolés, eu ainda fico com água na boca de ver minhas amigas em passeios, blocos, praias ou até mesmo nas pracinhas. E vou continuar seguindo, acompanhando cada story, eu não aprendo mesmo…
Como nossos pais
Esses dias eu li uma tirinha que falava dos gatilhos que nossos pais nos despertam e só isso já deu gatilho. Gatilho. A nova palavra para trauma, uma coisa que sempre teve uma conotação tão negativa e que agora virou algo banal.
Tudo dá gatilho? Pode ser que sim, pode ser que não. Mas essa palavra bonitinha que virou moda é na verdade um jeito de dizer que muitas coisas que acontecem na nossa vida fodem a nossa cabeça de maneira tal que a gente não consegue esquecer.
Eu sempre falo uma frase que eu acho que já escrevi por aqui, mas não lembro onde devido a idade avançada: nós não temos noção do impacto que causamos na vida das pessoas, seja ele positivo ou negativo. E nós, mães e pais, impactamos queiramos ou não nos nossos filhos.
Noutro dia no grupo de whatsapp conversávamos sobre relações abusivas entre mães e filhas, e como que estas relações geraram um bocado de medo, insegurança, baixa auto estima. Várias mulheres relataram o quanto essa relação de competitividade, principalmente com suas mães, trouxe danos péssimos para suas vidas.
Eu sei que a gente aprende também que pais e mães são incontestáveis, e talvez por isso que a gente fique tão vulnerável nessa relação de poder. Aquele comentário sobre a roupa, sobre o peso, a comparação de como ela era, a maneira como ela te mostra que você não faz tal coisa como deveria fazer, cria uma porção de pequenas coisinhas na nossa cabecinha.
Mas identificar essas relações e fazer delas novas atitudes, depois de adultas, pode ser uma alternativa muito boa de “sobrevivência” em meio aos milhões de gatilhos.
A terapia nos faz perceber o quanto que a gente, mesmo depois de mais velhas, ainda pode trabalhar essa relação entre as coisas que nos são ditas, aprendidas, apresentadas. Saber que nem tudo que vem da nossa família e do nossos pais é essencialmente bom – não que seja algo proposital, nos fazer crescer de verdade!
No episódio do Bom dia, Obvious – e quando a família é um problema
a psicóloga clínica Luisa Maciel nos faz pensar bastante em coisas que impactam tanto em nossas vidas.
Ter a noção que ainda podemos estabelecer certos limites, nos portar de certa forma, dizer certas coisas, pode transformar positivamente quem somos e essas relações. E se, não dá para transformar as relações, podemos só focar em realmente trabalhar quem somos.
Mas se o gatilho é inevitável, porque a gente impacta tanto na vida dos nossos filhos, a gente pode pensar na relação com nossos filhos e não repetir os padrões tóxicos. Os traumas podem ser melhores, se não formos como nossos pais...
Na mão de Deus
Recentemente, li "Véspera" da Carla Madeira. No livro, uma parte da história se passa em uma escola de padres, que me lembrou muito a escola de freiras em que estudei durante toda minha infância até o ensino fundamental.
A escola ficava em frente à minha casa, e eu dava apenas alguns passos para chegar até a sala de aula. As freiras, com seus hábitos (vestimenta religiosa) bege e alguns azul-marinho, eram figuras muito comuns na minha infância. Tive aula com algumas que eram um amor e outras eram puro terror. Uma em especial batia com a régua em nossas mãos e apertava a mesinha contra nosso peito. Por sorte, não precisei ajoelhar no milho, isso já era condenado na minha época.
Curiosamente, a maioria das minhas professoras abandonaram a igreja e a docência. Também pudera: imagine fazer votos de castidade, pobreza (não comprar nada), renunciar à vaidade e viver apenas para Deus, cuidando de crianças, da casa, da escola, etc. Se tirar a parte de Deus, você quase tem uma mãe (risos). Mentira, a renúncia delas não se compra a nossa.
Lembro-me claramente do dia em que atravessei o portão de vidro que separava a casa delas do colégio. Eu e todas as crianças tínhamos uma curiosidade enorme em saber como elas viviam. Pois bem, era tudo simples: uma TV pequena e antiga que não podiam assistir o dia todo, uma bíblia no quarto, crucifixo na parede, terço na cabeceira, poucas roupas penduradas em um cabideiro simples e só. Uma cama de solteiro. Eu nunca tive vontade de ser freira, mas depois desse dia tive certeza de que jamais seria. Entendo mais as que abandonam essa vida do que as que ficam para sempre.
Na nossa viagem de formatura, quando eu tinha 11 anos, vi pela primeira vez uma freira sem véu e túnica. Foi uma revelação, imagina, por quase 10 anos convivi com aquelas mulheres e nunca as havia visto sem as vestimentas de freira. Ali comecei a entender que elas eram pessoas. Antes, me passavam uma ideia de santidade, de serem sobre-humanas.
O tempo passou, e o colégio de freiras ainda existe. Hoje, enfrenta dificuldades porque o número de freiras tem diminuído com o passar dos anos. Estranho seria se fosse o contrário.
Para mim, foi quase natural conhecer uma religião imposta pela escola e pela família, mas agora me vejo sem saber como fazer isso com a minha filha. Eu ainda não apresentei uma religião a ela, e isso tem me incomodado cada vez mais. Dia desses, me vi em uma situação de muito estresse e me acalmei cantando: "Segura na mão de Deus, seguraaaa na mão de Deus e vaiiii". Parece engraçado, mas me ajudou, e aí veio o estalo: o que minha filha vai cantar ou pensar quando estiver em uma situação de total descontrole, quando não sobra nada além de rezar?
Sigo com essa questão, tenho muitas ressalvas sobre a religião que me foi passada. O catolicismo. Não a sigo hoje em dia, mas creio em Deus, em uma força maior que coloca algum sentido nessa vida caótica que levamos por aqui.
Como apresentar uma religião em vez de forçar uma? Como explicar a complexidade da fé? Você, aí do outro lado, como abordou esse assunto com as crias?
Eu seguirei pensando sobre isso, talvez seguir o fluxo não seja uma má ideia. Fazer do jeito que fizeram comigo, só que desta vez com respeito. Sem obrigações, sem agressões, no tempo dela e no nosso. Explicando e reconhecendo os erros mundanos cometidos por santos. Mostrando um Deus mais acessível e menos excludente.
Dá para fazer tudo isso em uma religião? Dentro do catolicismo? Não sei, tentar pode ser o caminho, a verdade e a vida. Enquanto isso, continuo segurando na mão de Deus e indo.
A treta de ser mulher
Parece que sempre teve uma chavinha do feminino estereotipado quebrada em mim. Eu tava me lembrando estes dias de umas amigas da escola do ensino médio. Uma delas começou a ir maquiada e em pouco tempo nossa patotinha inteira aderiu. Iam em bando pro banheiro. As blusas brancas sempre ficavam manchadas de base. Eu nunca consegui passar mais que lápis e rímel. Até tentei, mas no fim, tudo ficou estragando no meu banheiro.
Eu sempre associei maquiagem a um evento muito muito específico: casamento, festa chique (que eu nem tinha oportunidade naquela época), pessoas na televisão... Até no dia que eu vou no meu dayoff (que é meu trabalho fora de casa - leia a edição #10 sobre maternidade e trabalho para entender a contextualização do termo), modero na make. Escolho uma roupa mediana, sempre querendo guardar a nova para aquela ocasião diferentona que nunca chega - até porque arranjar rede de apoio pra duas crianças para as ocasiões que eu acho que vale a pena usar a roupa novinha, só aconteceu duas vezes em 4 anos.
Por isso, quando vou levar as crianças a emergência fico estranhando as médicas com cílios postiços nos atendendo. Pra mim, não é uma ocasião especial que valha o esforço e desgaste - sim, preguiça gigante de pintar o rosto na mesma medida que tenho em pintar no papel com os pequenos. Acho ótimo, por outro lado, que a assistente de limpeza do meu trabalho use uma base impecável e um batom tão fosco e duradouro que não sei nem passar na minha boca.
É importante ressignificar os espaços que as mulheres ocupam e a possibilidade de usar o tipo de roupa, de cabelo e de maquiagem que lhes aprouver, independentemente do cargo.
No meu caso, quanto mais natural, mais sem salto, mais larga a roupa for, eu me sinto melhor. Contudo, às vezes venço minhas próprias barreiras e me arrumo um pouco mais.
O meu maior incentivo à minha cria ao se entender como menina e já perceber as performances de gênero é: esteja sempre confortável.
Prezo muito pelo tênis, pelo short (ela prefere short-saia e calça “apertadinha”) e nenhuma dor em nenhuma parte do corpo, acima de tudo. Tenho uns brincos de adesivo que ela gosta de colocar de vez em quando e o irmão também, alguns lápis de olho coloridos usados especialmente no carnaval pelos dois e ainda um esmalte, que ela lembra raramente. Mas esse só deixo o mais novo passar em duas unhas, porque ela mesma só pôde usar depois dos três anos e ele ainda tem dois, afinal, tenho que manter a coerência, né?
Antigos ou antiquados?
Como será que funciona, antropologicamente falando, esse resgate dos nomes de velho de volta à moda para nomes de bebê? Porque isso é um processo que toda geração parece passar. Outro dia vi um meme que dizia: seu nome é nome de velho sim, é só você se perguntar se conhece alguma criança com seu nome. E, de fato, não vejo uma criança chamada Marcela há anos. Provavelmente desde… bem, desde a minha infância. Marcela, um nome de jovens senhoras que em breve será nome de avós. Um mundo com várias avós Marcelas, Priscilas, Marianas, Julianas… (Coincidentemente fui listar nomes que para mim marcaram minha geração e são todos nomes de primas minhas e de três de nós das Divinas, olha o Zeitgeist). Os meus filhos jamais vão colocar esses nomes na filha que eles algum dia tiverem. Mas quem sabe meus netos não vão nomear minhas bisnetas de Juliana novamente, em busca de um toque retrô? Vai que Marcela vai voltar à moda daqui a uns 70 anos.
Alguns nomes antigos voltaram com tudo! Meus filhos mesmo têm nomes que se encaixam nessa categoria de nomes antigos que voltaram à moda: Eva e Tomé. Nomes bíblicos normalmente são aqueles nomes imortais, que nunca saem de moda e sempre figuram entre os mais usados pelas listas do IBGE, como Pedro, Miguel, Maria, enfim. Mas alguns saem sim, e digo que Eva e Tomé saíram, mas agora estão voltando, principalmente Eva - talvez o nome Tomé nunca tenha sido exatamente um nome da moda em alguma geração, não sei, mas posso afirmar que cresci sem ter nenhum coleguinha chamado assim. E Eva, para mim, era só gente velha ou morta - Evita Perón, Eva Wilma…
Nesse processo, o que mais me intriga é o que faz um determinado nome NÃO voltar à moda. Por que uns voltam e outros não? Com frequência me pego vendo um nome qualquer de algum célebre do passado e penso: taí um nome que não deve voltar para as paradas de sucesso do IBGE tão cedo.
Lista de nomes antigos que não voltaram à moda e duvido se algum dia voltarão:
Procópio
Austregésilo
Bartolomeu
Casimiro
Cândido
Carmelita
Carmélia
Hortênsia
Sueli
Filomena
Apesar de me sentir segura nessas afirmações de nomes que talvez tenham finalizado permanentemente seu ciclo de vida (pelo menos no Brasil, pois a escolha de nomes em Portugal é uma incógnita para mim), às vezes me surpreendo. Sebastião, por exemplo, é um nome que facilmente eu encaixaria na lista acima, mas ele tem reaparecido em algumas crianças, especialmente filhos de daimistas - segundo minha irmã entendida do assunto - por homenagem ao Padrinho Sebastião, um dos fundadores do Santo Daime. Ok, nichado, ok, mas não é só nesse âmbito restrito que os Sabastiões da nova geração têm nascido não. Fique de olho e verás.
Outro dia estava numa festa infantil e perguntei a uma criança que estava batendo papo comigo como ela se chamava. O menino me respondeu: DORIVAL. Eu ri. Sim, eu ri. Disfarcei, mas ri. Não imaginava, foi um susto sincero. Dorival?! Por mais que você goste do Caymmi, o que entendo muito, eu acho inusitado demais batizar um bebezinho de DORIVAL. Mas por que eu não sinto o mesmo estranhamento com os abundantes Caetanos na primeira infância? Pois é, não sei. Só sei que foi assim - e aí a referência do Auto da Compadecida, pra quem não pegou, me fez pensar que deram Ariano de nome prum camarada do interior do Nordeste, que mau gosto, hein? Taí um nome que não deve retornar.
Dicas do Peito!
🐣 Com elas (as crias)
Harry Potter pra escutar
Da Ju
Eu não li a saga de Harry Potter na época que lançou e nem vi além do 3º filme no cinema — pagava ingresso pra dormir na sessão então meu marido (na época, namorado) passou a ir com meu irmão. Mas tenho amigos e familiares que sempre gostaram e ensinaram pro Tutu tudo sobre a cultura #potterhead. Como sigo sem vontade de ler os livros, especialmente em voz alta pra ele, testei escutar na Audible e não é que é muito bom?! A Narração do Ícaro Silva é sensacional, eu mesma estou encantada com a história. Ele cria vozes pra cada personagem, trabalho de ator mesmo!
A gente tem escutado antes de dormir ou no carro, nos trajetos, distrai pra caramba da chatice do trânsito. Escute aqui (os primeiros meses da assinatura são gratuitos)
Festival de Culturas indígenas no Museu do Pontal
Da Dani
Nos dias 13 e 14 o Museu do Pontal (minha dica recorrente por aqui) terá o Festival de Culturas Indígenas. Nós fomos o ano passado e foi fantástico aprender um pouco mais sobre os povos originários e as crias amaram as atividades, entre elas assistimos curtas muito bacanas. Mais informações sobre o evento você encontra aqui:
Inhotim com criança
Da Catarina
Levei minha pequena para conhecer Inhotim e foi uma experiência muito legal. Achei que não seria um passeio adequado para ela, mas foi o contrário: é um passeio incrível para se fazer com crianças. Mostra a elas que existem infinitas possibilidades, que as coisas podem estar fora do lugar comum e ainda assim serem belas, que elas podem explorar e que nem sempre tudo faz sentido.
Na parte prática do passeio, seguimos as dicas deste blog: Rotas Capixaba
Não conseguimos visitar grande parte do parque porque fizemos tudo com calma, e até rolou uma soneca na hora do almoço. Recomendo muito para quem estiver por BH ou pensando em visitar este lugar incrível. Vá sem medo e sem muitas regras. Vale comprar ingressos antes pelo site e também o transporte dentro do parque.
Brinco de adesivo
Da Pri
Aproveitando o texto em que citei esse acessório, deixo aqui o link da shoppe que uso para comprar as cartelas que duram eternamente por aqui. É uma forma de deixar o visual divertido e aplacar o desejo de furar a orelha até ter um pouco mais de maturidade para decidir.
Faça a embalagem de presente com seu filho - de 3 anos em diante, eu diria
Da Marcela
Se você tem filhos pequenos, provavelmente já deve ter se deparado com o fato que a vida social deles às vezes é mais intensa do que a sua. As festinhas de aniversário são muitas. Sorte que eu amo uma festa infantil! Tudo isso para dizer que, para não ser pega de surpresa sem presentinho no dia de alguma festinha, eu tenho mania de comprar o presente online, na hora que estou lembrada da festa, com alguma antecedência. Aí o presente muitas vezes vem sem embalagem. E isso acabou se tornando uma diversão com minha filha (o meu filho ainda é muito pequeno para isso): fazer a embalagem do presente do amiguinho. Compro um pacote de vários saquinhos de presente e deixo que ela enfeite com adesivos, cole um papel com o “De Eva para Fulano” que ela mesma escreve, às vezes algum desenho, uma fita colorida ou o que quer que seja. Quando deixamos o presente junto com os outros na festinha, às vezes o nosso destoa um pouquinho, é verdade, mas vejo até como positivo, fica ali um toque de pessoalidade e uma dose extra de carinho para o aniversariante.
💃 Sem elas (as crias)
Coisas que eu vi
Da Ju
Essa semana fui derrubada por uma virose e pelo lado “””bom””” pude ficar mais de repouso, vendo tv.
Chegaram no Prime Video:Na parte mais levinha, to me deliciando com “GIRLS5EVA” e matando a saudade de 30Rock e Unbreakable Kimmy Schmidt, todas comédias rápidas e cheias de referências que têm o dedo da maravilhosa Tina Fey na produção.
Versão podcast do programa de TV Trilha das Letras
Da Marcela
Quem tá dando a dica aqui sou eu, mas na verdade só estou repassando aqui a dica que recebi da Ju Sobral. A dica é dá para ouvir no Spotify todos os episódios do Trilha de Letras, programa da TV Brasil que entrevista escritores. Se você ainda não conhece o Trilha, a dica então é anterior: vale muito a pena conhecer e ele está disponível no YouTube, além de passar na TV Brasil. Já passaram como entrevistados do programa nomes da literatura como Carla Madeira, Itamar Vieira Júnior, Conceição Evaristo, Luiz Antonio Simas e muitos outros. A entrevistadora também é uma autora brasileira alto nível, a Eliana Alvez Cruz. Aqui vai o Trilha no Spotify e aqui o Trilha no YouTube.
Brechó on-line no precinho
Da Pri
Quando percebo que minhas “roupas de sair” estão se tornando as “roupas de casa”, eu corro lá no Repassa e coloco o filtro até R$30,00, tento um cupom pra frete grátis e faço umas comprinhas básicas. As roupas vêm embaladas, limpas e numa qualidade que parece produto novo.
Sofar
Da Dani
Descobri um projeto muito maneiro, mas super ousado: consiste em você assistir shows de artistas independentes, mas um show às cegas.
Como funciona? O Sofar é um projeto que começou em Londres e existe em alguns outros lugares, como São Paulo e Curitiba. Você se inscreve para o show já com uma data definida e se você for selecionado, 72h antes do show e os artistas você só sabe mesmo no dia.
Eu fui na edição de janeiro e realmente conheci artistas incríveis e foi um super programa! Se você curtiu e tá afim, pode conhecer mais no instagram deles aqui (Sofar Sounds Rio de Janeiro® (@sofarsoundsrj) • Fotos e vídeos do Instagram)
Comédia romântica
Da Catarina
Adorei "Todos menos você", uma comédia romântica como não via há algum tempo. A história é bem simples, mas me rendeu boas risadas e trouxe de volta uma música que eu amava, "Unwritten". Gosto muito da Sydney Sweeney, acho que ela arrasa em Euphoria e, além de tudo, é produtora. Neste post, a Ana Paula do Narrativas Femininas fala um pouco mais sobre a trajetória profissional dela e sobre como ela é estigmatizada por conta dos seus lindos seios. O filme está disponível na Max; pegue a pipoca e o vinho e se jogue!
🎶 Já conhece as nossas playlist no spotify?
→ Para ouvir sem as crias
→ Para ouvir com as crias
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Minha trajetória me faz não apresentar nenhuma religião específica e até ter certo nervoso de um dia eles terem uma fé que seja cheia de regras, que não sejam tolerantes, que achem que só existe um caminho para sei lá onde... Aqui um pouco do que fazemos é por demanda espontânea, de explicar o que pergunta. Acho que minha religião mesmo é a pachamama rs. Bom tema pra um texto, mas já falei um cado sobre isso aqui, especialmente na temática sobre a morte.
Eu implico com o termo gatilho também, mas não consigo não falar, ele resume muito muita coisa.
Preguiça eterna de tudo, mas estou tentando escolher mais quando ter e quando vence-la. Rs
Nomes não posso falar muito pq escolhi um bem antigo mas que acabou voltando a moda (na minha perspectiva depois de eu ter escolhido rs) e um outro que gera um tanto de preguiça de corrigir as pessoas. Espero que ele goste do nome dele quando crescer.
Amei a dica do show. Assim que organizar rede de apoio vou tentar ir. Poderíamos fazer um bonde das divinas hein?
Meus sogros insistiram muito pra batizar as crianças, bati o pé; tenho traumas ligados à igreja, odiava a obrigação de ir aos domingos, repeti a catequese tantas vezes que em algum momento meus pais aceitaram que não ia adiantar, eu perguntava com frequência o que precisava fazer pra ser excomungada (já que já tinha sido batizada), fazíamos reuniões familiares semanais pra conversar sobre Deus, sobre como estávamos e ler trechos de uma séries de livros “a Bíblia ilustrada para crianças”, quando adolescente eu decidi que conheceria o máximo de religiões pra decidir qual era a minha, frequentei templo budista, universal do reino de Deus, centros espíritas, terreiro de umbanda, até um grupo de filosofia à maneira clássica (que durante um tempo encarei de maneira religiosa mesmo) e nada disso me trouxe o conforto e as respostas que eu buscava. Hoje em dia gosto de entrar em igreja católica (teve um tempo que abominei), acho graça em saber tanto sobre santos, passagens da bíblia e toda sorte de rituais que aprendi com minha avó, mas ainda não senti a menor necessidade de falar sobre religião com as crianças, volta e meia solto “pelo amor de Deus” “minha nossa senhora da penha e do perpétuo socorro” ou “Jesus Maria e José” mas as crianças acham graça e devem pensar que são só mais coisas que a mamãe fala como “uai” e “trem” haha. Mas não falar de religião não significa que não fale sobre fé, sobre as coisas que eu acredito, pra além dos credos e espaços religiosos, também falo quando perguntam algo específico que cada pessoa acredita numa coisa, por enquanto tô salvando elas do trauma de conviver com o Deus do antigo testamento, que durante muitos anos achei que ficasse me vigiando até dentro do banheiro e julgando tudo que eu pensava, vamos deixar que elas construam novos traumas, talvez por não terem sido batizadas, ou não terem tido as orelhas furadas.