Divinas Tretas #25
Newsletter sobre comparações, guiar um ser humano em puberdade, comemorar uma data especial, regular as expectativas e a lista infinita de tarefas. E mais dicas do peito, com as crias e sem as crias.
Olá, Divinas!
Nossa próxima news será comemorativa: UM ANO! Você acredita?! 😱 Estamos sentindo quase como o primeiro ano do filho: passou rápido e ao mesmo tempo não né (kkkrying), aprendemos muito e estamos super orgulhosas desse bebê que dá seus primeiros passos bem firmes. Vai rolar um encontro gostosinho e descontraído no dia 01/07, então se prepare, salve a data e aguarde mais instruções. 😉
Um beijo e até a próxima!
Não esqueça; tudo que está em azul é um link. Pode clicar 😉
A treta da lista de possibilidades infinitas
A minha ansiedade consegue ser minimamente aplacada através do planejamento. Aquela falsa sensação de controle sobre tudo e todos (por que não? rs) de fato me ajuda a focar no possível.
Esta semana compartilhei com algumas amigas uma lista das coisas que realizei em umas duas horas. E eu fiz isso porque estava deitada na rede lendo um livro e me sentindo inútil e culpada já imaginando mais e mais tarefas as quais eu poderia me dedicar ao invés de estar ali curtindo meu ócio, num dos poucos momentos que não estou catando criança por aí.
Algo lá dentro, já internalizado, que a gente conhece muito bem, me alertava das inúmeras novas coisas que tinham pelo caminho pra serem resolvidas.
E, do mesmo modo, uma outra voz, mais recente, madura emocionalmente, contextualizava historicamente aquele sentimento e tentava minimizá-lo, colocá-lo em conflito e decididamente me encaminhava para o descanso, para a paz no coração.
Daí surgiu a lista, pra comprovar que mesmo eu achando que estava "de bobeira", já tinha resolvido no início daquela manhã incontáveis tarefas pequenas que demandam tempo, pensamentos e decisões. Isso sempre me ajuda.
Me acalma e também me traz uma sensação de que eu posso fazer muitas coisas sem me levar ao limite e que não dar conta não significa que nada foi feito.
Até porque nossa lista mental nunca vai ter fim.
Sempre vai ter um fio solto. Sempre.
Alinhando expectativas
Tudo na vida é sobre as expectativas que você cria sobre os fatos. Ok, tudo não, vai. Mas, muita coisa é. Aquele filme que tava tão bem falado, você foi ver e não gostou - era pior do que diziam. Talvez se você o tivesse visto sem saber dos comentários teria até gostado, mas você foi esperando aquela obra-prima da sétima arte. Ou aquele encontrinho rápido com as amigas que ninguém dava nada por ele e acabou sendo tão gostoso que salvou a semana.
Expectativas, assim que criadas, ditam o tom do evento. Criam um parâmetro a ser alcançado e, com ele, calibram a reta que definirá o grau de frustração envolvido no ato.
Há alguns dias, fui a São Paulo com uma grande amiga minha de infância, que hoje mora em Curitiba, com dois filhos das mesmas idades que os meus (sim, ficamos grávidas ao mesmo tempo, das duas vezes, o que faz com que se ela engravidar do terceiro eu vou passar 9 meses num claustro). Com quatro crianças pequenas, nossas expectativas da viagem eram bem baixas. E isso ajudou muito.
Tínhamos uma extensa lista de possíveis restaurantes para comer durante os dias em SP (afinal, não confio em quem vai pra sampa e não dedica 80% do seu orçamento para comida). Achávamos que se desse pra finalizar uma refeição em um já estaríamos no lucro. Talvez só fosse rolar de comer mais ou menos em """paz""" num restaurante espaçoso, mas ao mesmo tempo de espaço delimitado, pra nenhum bebê sair correndo enquanto abocanhávamos um croissant.
Estando todos os quatro adultos trabalhados nesse medo, garantimos uma enormidade de canetinhas, papéis, quebra-cabeças e até um ventilador portátil pro meu filho obcecado por eletrodomésticos. Rolou! Deu certo no primeiro restaurante.
Teve criança saindo pela calçada e pai indo atrás dar uma volta no quarteirão no meio da refeição? Teve. Teve pecinha de quebra-cabeça caindo no chão e se misturando aos pedaços de comida que o menor atirava longe? Teve também. E tá aí a mágica: mesmo nesse suco de caos, fizemos diversas refeições nos mais diversos tipos de restaurantes, incluindo um que é meio apertado, está sempre cheio, mas eu queria muito levar esses amigos: o Lobozó, que nos recebeu super bem, acolheu nossa dose extra de caos e ainda nos deu uma infinidade de folha de atividade para distrair os pequenos. Se eu já dava nota mil pra eles antes, agora tiro o chapéu completamente.
Talvez se a gente tivesse esperando um almoço tranquilo, com todos sentados calmamente à mesa, os mais velhos desenhando e os mais novos montando blocos enquanto os adultos colocavam a conversa em dia desfrutando de uma taça de mimosa, a gente teria achado tudo um fiasco. Poucas foram as vezes em que os quatro adultos coexistiram ao mesmo tempo, na mesa de cada refeição. Muitos foram os BOs. Um total de zero vezes tivemos uma conversa levada até o fim. Mas, nossas expectativas eram muito, muito baixas. Então, pra gente deu super certo.
Isso não quer dizer que não ficamos exaustos, por vezes mau humorados, e sentindo saudade da escola. E, principalmente, não significa que cumprimos todas as programações que tínhamos em mente. Mas, o saldo geral da viagem foi mais que positivo justamente por causa das expectativas.
Então, finalizo com o meme que diz: "não crie expectativas, crie codornas". No caso, não crie codornas. Mas, também, não crie expectativas.
20 anos de namoro
Por Ju
Bodas de Porcelana, segundo a tradição iniciada lá na Alemanha medieval. Falando de porcelana, eu gosto muito da tradição japonesa do Kintsugi, de reparar as rachaduras e imperfeições com ouro.
Porque é assim, (con)viver 20 anos com uma mesma pessoa por escolha. É escolher todo dia catar um pouco de ouro, tirar sabe-se lá da onde, pra reparar o que tá quebrado.
No nosso caso, começamos essa aventura aos 15 (ele) e 16, beirando 17 (eu). Pensa aí na sua própria vida o tanto que você mudou desde essa idade, agora pensa que você viveria tudo isso com o mesmo companheiro ao lado. A gente sabe que não é pra qualquer casal.
A gente já foi mais jovem, mais magro, mais descansado, mais disposto. Já festejamos, bebemos, nos aventuramos ;-) . Já viajamos pra longe, pra perto, pra dentro. Já moramos em outro país, aprendemos novas línguas, atravessamos barreiras do conhecimento e do autoconhecimento. Já vimos o melhor e o pior um do outro. Já vimos vidas chegando e vidas partindo.
Mas acho que a nossa relação está no seu melhor ponto atualmente. Mais diálogo, mais compreensão. Completando os 100% um do outro quando não há quase nada pra dar.
Nossa história começou numa viagem, há 20 anos. E que bom que eu sigo por aqui pra segurar sua mão nos pousos e decolagens.
A treta de lidar com a puberdade
Esse final de semana estava numa festa e uma mãe que possui uma filha da mesma idade que a minha mais velha (12 anos), veio falar comigo: Olha, criança pequena dá trabalho, mas pelo menos é braçal. O trabalho que a gente tem com as maiores é mental.
Nunca fez tanto sentido uma analogia para o tanto de trabalho que tenho tido desde que a Sofia fez nove anos. Pois bem, amigos com filhos pequenos, não trago boas notícias do futuro: É difícil pra caceta cuidar de um pré-pré-quase-que-se-acha-adolescente!
Indo para equação: um/a filho/a + puberdade + um mundo que tá em constante mudança + descoberta de sexualidade (têm vários outros fatores que nem consigo mensurar), me conta se tem como não sair mais difícil que o teorema de báskara?
O pior que ainda preciso fazer coisas de crianças como olhar tamanho de unha, se tá comendo, se escovou os dentes, mas também me preocupar com depilação, menstruação e outras coisas relativas à idade. Além do mais, tem sido um desafio constante sobreviver como mãe dessa carga mental da autonomia vigiada de uma teen que se acha adulta.
Preciso deixar que ela faça as escolhas e respeitar o espaço sem sufocar, mas ficando de olho nas decisões e nos comportamentos.
Parece difícil? É para caceta! Essa fase me remete ao ato de soltar pipa: dou linha pra ela voar, mas em constante medo dela arrebentar e sair voando sem controle.
E é um sentimento geral, que quando você encontra com as mães com filhas da mesma idade é um TÁ FODA pra todo lado! Para além das questões de ser mãe do serzinho na puberdade, ter um filho que está crescendo nos traz gatilhos de como foi o nosso próprio crescimento.
A gente se vê nas dificuldades, descobertas, desejos, aventuras e fica pensando na filha que fomos, na mãe que somos e na mãe que desejamos ser. A gente fica até pensando na relação que tivemos com nossas próprias mães, tentando não reproduzir os mesmos erros.
Talvez essa carga mental seja justamente disso: essa adolescência dos nossos filhos que temos que lidar, sem ter sabido lidar nem nós mesmos com a nossa. E provavelmente eu sobreviverei a essa fase, a Dani do futuro vai achar esse texto até meio dramático demais, mas eu realmente invejo quem fala que essa fase tá de boa, porque essa coisa de ter que empinar a pipa sabendo que a previsão do tempo nem sempre é de vento, é trevas.
Não é a mesma coisa
Tenho lido por aí frequentemente a afirmação de que, mesmo para mães com uma ampla rede de apoio, a maternidade é muito difícil, sufocante, solitária e exaustiva. Pode ser sim, mas não é a mesma coisa.
Não dá para comparar uma mãe que tem ajuda 24 horas por dia com aquela que não tem nenhuma ajuda, não dá para comparar aquela que fica tranquila em casa porque escolheu assim com aquela que não teve escolha.
O cansaço da mãe que, além de não receber ajuda de ninguém da família, ainda precisa ser apoio para essa mesma família é diferente do cansaço daquela que recebe ajuda de uma família enorme e bem estruturada.
A maternidade é complexa demais para caber em uma frase que abarque uma infinidade de pessoas e realidades. Ou até mesmo em um texto.
Sinto falta de ver outras mães mandando a real, de ver aquela que acabou de ganhar a Iron Woman agradecer em seu post a toda rede de apoio que tornou isso possível para ela.
De ouvir em um podcast a famosa que ao falar que viajou o Brasil inteiro com sua filha pequena, dizer que isso só foi possível porque ela levou outras pessoas que cuidavam de sua filha enquanto ela trabalhava. De saber os bastidores reais.
Sendo assim, vou compartilhar aqui os privilégios que fazem a diferença na minha vida hoje: tenho uma diarista que vem duas vezes por semana e mantém minha casa limpa e organizada. Eu e meu parceiro trabalhamos em home office, o que nos permite estar presentes o tempo todo e ainda ter tempo para cuidar de nós mesmos. Minha filha fica oito horas por dia na creche durante a semana, o que me alivia muito, já que não preciso me preocupar com sua alimentação (almoço e jantar) durante a semana, entre outras coisas.
Desafio minhas companheiras de news a compartilharem nos comentários quais são os seus privilégios, e é claro, convido vocês, leitoras, a fazerem o mesmo. Maternidade real é falar a verdade, mesmo que pareça um pouco sem graça ou até vergonhosa.
"Nossa, mas você tem tantas coisas, eu não tenho isso ou aquilo, como pode reclamar?" Podendo, ué. Homens fazem isso lindamente há séculos, sem sentir o menor pingo de culpa. Vamos continuar reclamando, por favor, mas tendo em mente que a nossa grama é diferente da do vizinho, e que tem vizinho que nem grama tem.
Ser mãe em um contexto social e emocional melhor não é a mesma coisa que ser mãe em um contexto social e emocional pior. A minha gota d'água pode ser a primeira gota no copo de outra.
Dicas do Peito!
🐣 Com elas (as crias)
Apresente seus amigos às crianças antes do encontro
Da Pri
Uma das maiores lições que aprendi com a maternidade foi a tal da previsibilidade. Dentre as inúmeras coisas que facilito apenas explicando o que virá em seguida, está contar às crianças sobre nossos amigos que vêm nos visitar ou que vamos encontrar em algum lugar. Eu mostro foto (se tiver alguma com eles no colo então…), conto histórias que vivemos juntos, traços da personalidade. E parece mágica, mas percebo que eles se conectam muito mais facilmente. Por muitas vezes eu aviso com dias de antecedência que vamos fazer um programa com fulano e a acuriosidade vai gerando uma vontade sincera de conhecer, de estar aberta e entender porquê aquele amigo ou amiga é tão importante pro papai ou pra mamãe.
Viajando com crianças
Da Marcela
Aproveitando o gancho do meu texto, deixo aqui algumas dicas para você ter uma viagem com crianças bem sucedida:
Alinhar suas expectativas. Nada de achar que vai passar um dia inteiro visitando pormenores do Louvre ou batendo perna na 5.ª avenida inteira (só exemplos de viagens rycas porque o Lula tá tornando as passagens mais acessíveis e baixando esse dólar). Vá aos programas sabendo que pode precisar pará-lo no meio e não fazer o próximo da lista.
Inclua atividades infantis no cronograma. Idas a parquinhos diferentes, museus infantis, peças de teatro, áreas verdes. Pra você pode não parecer o ponto alto da viagem, mas de repente lá estará você sentada tomando uma cervejinha e postando stories enquanto as crias se divertem num parquinho e será bom também. Além de garantir um fôlego extra pras crianças encararem alguma atividade mais de adulto logo em seguida.
Tenha na mochila pequenas diversões compatíveis com a idade das crias. Coisas de papelaria são coringas que funcionam para muitas faixas etárias: papéis, lápis, canetas, carimbos, adesivos. Joguinhos pequenos como quebra-cabeças e bloquinhos de montar. Bonequinhos pequenos também são versáteis.
Editora Oh!
Da Ju
Vocês sabem que eu gosto e busco conhecer muito sobre literatura pras infâncias, certo? E nessa blogueiragem literária eu tive contato com a Editora Oh! Outra História, um selo infantojuvenil da Editora Veneta, conhecida pelos quadrinhos. O pessoal de lá gostou do meu perfil do Instagram e tem enviado pra gente todos os lançamentos desse selo, que vou te falar: GOSTEI DE TODOS! Esses dias recebemos o “Os Afrofuturistas” e estou lendo aos poucos com o Tutu (esse é quadrinho), mas também tem livro ilustrado lindo, como o “Serena Finitude” e “O tédio das tardes sem fim”, super engajado como o “Ratolândia”, reflexivo como o “Tem um urso na minha escola”. Vale conhecer!
Faça programas compartilhados com os teens
Da Dani
Nem só de treta vive a relação com as crias na puberdade, mas também existem alternativas bacanas para estreitar os laços, construir uma boa relação e abrir espaço para diálogos legais.
Algumas que adotei em casa foi fazer programas compartilhados só com ela como: leitura de livros, assistir séries ou filmes.
Um livro incrível que lemos juntos foi o Amal e a viagem mais importante da sua vida, que tem como tema o refúgio. É um livro que indico inclusive para adultos conhecerem mais sobre o tema. Eu eu aprendi muito e abriu espaço para discussões maravilhosas.
Teatro Municipal Carlos Werneck
Da Catarina
Esse eu até precisei pesquisar na lupa se já não tinha saído aqui, mas não. Ainda não demos essa dica, esse teatro aberto fica no aterro do flamengo e normalmente tem programação infantil. Fui no último circuito carioca e foi super divertido. Vale muito seguir e passar lá quando tiver algum espetáculo.
💃 Sem elas (as crias)
Conversas regulares
Da Pri
Já que estamos na semana em que se falou muito de relacionamentos, aproveito pra dar essa sugestão que aqui funciona muito bem (quando a gente se empenha em manter a rotina). Ter regularmente um tempo entre os dois que varie no objetivo: assistir algo juntos, decidir não ligar a TV e deixar a conversa fluir ou marcar aquele agendamento especial que só os entendedores entenderão. Mesmo que em alguns momentos pareça chato ter esse compromisso e que nem sempre seja natural, a manutenção desse encontro pode render muitos frutos positivos.
Introdução a Clarice
Da Marcela
Recentemente reli um livro da Clarice Lispector que eu tinha lido em 2006 segundo a contracapa da minha edição (me pergunto o que achei dele na época, já não lembro mais), o "A Via Crucis do Corpo". Me peguei pensando que esse livro é uma excelente porta de entrada pra autora. É bem fininho, de contos meio crônicas, em tom cotidiano e sem o peso da linguagem hermética que afasta leitores de alguns de seus livros. Você lê rapidinho e dá pra pegar a lente Clarice, a forma dela de ver o mundo. Se você é uma das que se sente meio afastada da autora, considere o Via Crucis e me diz o que achou.
Bruna Louise
Da Ju
E nessa semana passada em que fechamos os 20 anos de namoro, acionamos uma vovó pra buscar a criança na escola e já ficar pra dormir e partimos pro show de Stand up da Bruna Louise. Foi uma delícia, muita bobeirada e baixaria, como já era esperado. Até hoje tô rindo da história do português… Aqui as infos todas!
Conheça a Casinha!
Da Dani
No mês da invisibilidade LGBTQIA+ é um ótimo motivo para conhecermos um pouco mais sobre a pauta e termos atitudes mais inclusivas, já que ainda é alto o índice de mortalidade destas pessoas.
Convido então a conhecer, apoiar e divulgar o trabalho incrível da casinha, que é uma ONG carioca que existe desde 2017 e tem um trabalho incrível de promoção social a população LGBTQIA+.
Eles tem diversos projetos sociais relacionados a inclusão e promoção e cabe a nós conhecer, divulgar, e apoiar de todas as formas.
Vocês também pode conhecer o trabalho incrível deles pelo Instagram.
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Filmes Aleatórios
Da Catarina
Uma listinha pequena de filmes que vi nos últimos meses e curti:
Queria Alice - Peguei essa dica com a
e gostei bastante. Trata de um relacionamento abusivo que não envolve violência física. Um assunto delicado e difícil de mostrar nas telas. Gostei da narrativa e forma de contar. Melhor ainda no final quando vi que o filme foi escrito e dirigido por mulheres. No Amazon Prime.Licorice Pizza - Não é novidade, mas eu não tinha visto ainda. Foi indicado ao Oscar em 2022. A história é super engraçada e fofa de um casal improvável. Ri demais. No Amazon Prime.
Tetris - Comecei não dando nada pela história de como foi inventado esse jogo que consumiu horas e horas da minha adolescência. Achei que seria meio chato, mas não. O filme te pega do início ao fim, mostrando os bastidores de uma negociação bizarra na antiga União Soviética. Na Apple Tv .
🎶 Já conhece as nossas playlist no spotify?
→ Para ouvir sem as crias
→ Para ouvir com as crias
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Todos os textos me fizeram pensar que o assunto geral era sobre as expectativas, fiquei pensando que é engraçado que a gente use a expressão “criar expectativa” porque criar é um verbo tão lindo né, a gente cria crianças, cria plantas, animais, textos, desenhos, receitas e cria também expectativa, a espera, o desejo de que algo venha a ser, acho que quando a gente começa a criar algo realmente não tem como ter muita coisa além da expectativa, mas no criar a gente age, não tem como criar algo apenas na espera porque aí a coisa se cria sozinha, sem nossa ação. Tem aquela frase de que “a expectativa é a mãe da frustração”, mas acho que tem beleza até no frustar a espera daquilo que se desejou, no fim das contas frustar é só um contratempo no criar: as listas, os planos de viagem, as crianças, os 20 anos juntos, as redes de apoio. Esperar que as coisas saiam do jeito que se imaginou é confortável, acho que precisamos disso em certa maneira, mas também é bom ver que as ações que vamos tomando vão criando novos cenários.
Obrigada pelos textos meninas, vou passar um tempo aqui ainda refletindo sobre essas coisas.
Complementando o texto da Catarina aqui.. tenho meus privilegios na maternidade, como ter minha mae morando no meu prédio e podendo passar grande parte das manhãs comigo. E tambem uma ajuda paga para arrumar a casa e dar uma geral na limpeza. Mas as vezes me pego pensando o que é privilegio... se isso não seria uma condição muito básica que todas as mães deveriam ter. Sei lá, chamar de privilegio de algum modo me faz me sentir reclamando de barriga cheia:olha ela, privilegiada, e ainda reclamando. Acho que o texto trata justamente disso. Mas acho que é algo que precisamos falar mais, pensar mais sobre. Me contem o que acham disso tudo!